segunda-feira, 24 de março de 2014

Dia de Campo sobre Variedades de Cana-de-Açúcar na UFRRJ


A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro através do Campus Campos dos Goytacazes vai realizar nesta terça-feira (25/03) um Dia de Campo sobre Variedades de Cana-de-Açúcar com o apoio da ASFLUCAN, COAGRO, USINA CANABRAVA e USINA PARAÍSO. A programação começa às 8h na própria Universidade. 
O objetivo desse evento é mostrar aos produtores da região as novas opções de variedades e clones de cana-de-açúcar da sigla RB, que estão sendo multiplicadas e que poderão contribuir para o aumento da produtividade agrícola 
e industrial, e consequentemente a competitividade dessa cultura. Os novos 
materiais são oriundos do trabalho do Programa de Melhoramento Genético da 
RIDESA – Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor 
Sucroenergético que é composta por 10 Universidades Federais, da qual a 
UFRRJ faz parte.
A UFRRJ, no Campus Campos dos Goytacazes, desenvolve o trabalho de seleção e introdução de novas variedades RB com características 
apropriadas para as condições de clima e solo dos Estados do Rio de Janeiro, 
Espírito Santo, nordeste de Minas Gerais e sul da Bahia. 
No período de 1990 a 2010 as universidades públicas que compõe a RIDESA (UFRRJ, UFV, UFPR, UFAL, UFRPE, UFSCar, UFG e UFSE, UFMT e UFPI) liberaram para plantio, 79 variedades RB que ocupam hoje, 62% da 
área cultivada com cana-de-açúcar no Brasil, o equivalente a cinco milhões e 
quatrocentos mil hectares.
A adoção de novas variedades de cana-de-açúcar tem sido uma das principais responsáveis pela elevação constante das produtividades agrícola e industrial do setor sucroenergético do país. Como exemplo desse sucesso, podemos citar a evolução da produtividade média de cana que nas décadas de 70 era de 49 t cana/ha e passou em 2014 para 75 t cana/ha. Em relação ao rendimento em ATR, no início da década de 1970 era de 4,0 t/ha e evoluiu em 2011 para 9,15 t/ha, com um ganho de 4% ao ano, ou seja, um ganho anual de 200kg/ha. Desse aumento atribui-se 50% à contribuição do melhoramento genético com a adoção das novas variedades, o que representou um ganho de R$283 milhões ou R$44,00/há, para o setor.
Esse trabalho de pesquisa é realizado em conjunto com a iniciativa privada, em convênios com usinas, destilarias e associações de produtores de todas as regiões canavieiras do Brasil, demonstrando que as parcerias são fundamentais para o desenvolvimento do setor e que o serviço público tem como dar sua contribuição à sociedade brasileira.


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