Todos nós já ouvimos exaustivamente que a crise é sempre um momento de oportunidades, de superação de velhos problemas, onde somos empurrados pelas rodas do destino a nos inventar, criar algo novo que possa oferecer uma nova dinâmica em nossa vida. Em muitos casos atestamos que essa impressão é verdadeira: pessoas, grupos e nações foram capazes de elaborar novas saídas a partir de momentos de crise extrema. No entanto, quando olhamos para o estado atual de nossa cidade, nos parece que essa máxima não funciona, pois mesmo mergulhados numa crise gerada pela incapacidade administrativa desse “desgoverno”, vemos que eles não oferecem pistas de que estão dispostos a inovar e aproveitar tudo isso para provocar o renascimento de nossa cidade.
Desde que a sombra da crise nublou os céus de Campos, provocou duas reações na atual administração pública municipal: foi apropriada e utilizada como desculpa para todo tipo de erros e incompetência praticados pela prefeitura nesses longos anos de fartura extrema; e também como motivo para aumento repentino de impostos, demissões, obras atrasadas e não pagamento de prestadores de serviços.
Porém, o dado mais alarmante desse quadro é que até agora a única alternativa apresentada por eles é a obtenção de “empréstimo”, quando mais uma vez a administração municipal aprova uma lei para vender os nossos royalties, como se essa fosse a única possibilidade para se enfrentar uma crise. E o pior de tudo é que dessa vez a intenção não é vender apenas o presente, mas também o futuro de nossa cidade.
Já ficou claro que o problema de Campos não é recurso financeiro, pois se o problema dessa administração fosse dinheiro, tudo em nossa vida já tinha se resolvido há tempos, uma vez que somos um dos municípios mais ricos do país. O verdadeiro problema é a falta total de planejamento, gestão e responsabilidade administrativa para a cidade, dominada por um grupo que só planeja campanhas e eleições.
Vamos, todos juntos, dizer NÃO a venda dos royalties! Dizer NÃO a venda do futuro de Campos!
Fonte: artigo do vereador Rafael Diniz publicado, hoje, no jornal Folha da Manhã
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