quinta-feira, 21 de agosto de 2014

PROTESTO PELA "ORQUESTRANDO A VIDA"

Fotos: Rodrigo Silveira


O drama da ONG Orquestrando a Vida teve mais um capítulo no início da noite desta quarta-feira (20), em Campos. Cerca de 500 pessoas com velas, faixas, cartazes e panfletos — que foram distribuídos para pedestres e carros que tentavam passar pelo local — protestaram contra o fim do contrato com a Prefeitura de Campos e a falta de patrocínio. As ruas Conselheiro Tomás Coelho e Baronesa da Lagoa Dourada foram fechadas pelo ato de protesto, que teve início por volta das 19h com apresentação da orquestra sinfônica.

Nos últimos dias, alunos sensibilizados com a possibilidade do fechamento das portas e encerramento das atividades, tomaram a iniciativa de fazer o “cantinho da homenagem”, onde estão colocando cartinhas, velas e flores, tudo em homenagem à Ong. As crianças pedem apoio para que a Orquestrando a Vida não feche as portas.

A Orquestrando a Vida existe há quase 20 anos e leva a música para a vida de crianças e adolescentes da periferia de Campos. A instituição está enfrentando dificuldades financeiras novamente depois que perdeu seus dois patrocínios e o convênio que mantinha com a Prefeitura Municipal de Campos, que expirou em dezembro do ano passado. A previsão é que o contrato fosse renovado no início desse ano, o que ainda não aconteceu. A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), em nota, destacou que a prestação de contas não foi concluída por falta de documentos.

Em resposta, o maestro Jony William Villela Vianna, disse que toda a documentação está correta e que por conta da falta de um novo contrato, tanto o Coro, quanto a Orquestra Municipal não existem mais.

— Estamos com toda a nossa documentação certa. Tive até que pedir empréstimos para conseguir pagar todos os impostos — enfatizou William, acrescentando que para manter a ong funcionando, alguns pais de alunos e amigos da Orquestrando a Vida estão pagando contas de luz e água.

Além da falta de recursos para pagar as contas básicas, a ong não está pagando seus funcionários desde janeiro. No momento, cerca18 professores trabalham de forma voluntária para que as aulas continuem normalmente. A parte administrativa da instituição também está funcionando de forma voluntária.

Fonte: Folha da Manhã on-line

3 comentários:

Anônimo disse...

Um município bilionario dando as costas para tão importante e belo projeto.
Tem que ser mesmo um governo de garotinhos.E dos mais perversos.

Anônimo disse...

Isso não é nada para nós professores que temos que fazer cursos do smec todos foram cancelados só nos restou alguns seminarios ,se quisermos cursos de aperfeiçoamento profissional teremos que tirar do que resta desse salário medíocre que a prefeitura nos paga.

Anônimo disse...

Governo de merda .
Onde está o dinheiro de Campos?
O gatinho comeu?