sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

MARCELO CRIVELLA DE OLHO NO GOVERNO DO RIO DE JANEIRO


Para quem pensava que a disputa pelo governo do Rio em 2014 seria uma fatura a ser liquidada entre o deputado federal Anthony Garotinho (PR), o senador Lindbergh Farias (PT) e o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), avisa que pode entrar na briga. A largada só depende de uma sinalização de seu partido e do aval da presidente Dilma Rousseff. Com os quatro pré-candidatos, configura-se uma espécie de confronto interno, já que todos são aliados da presidente Dilma. Garotinho, que era o mais distante, esteve ontem com Dilma e trocou figurinhas.
 


Licenciado do cargo de senador e no primeiro escalão do governo Dilma desde março do ano passado, Crivella diz que só tomará a decisão final em junho, quando o PRB fará sua convenção. “Se for convocado pelo PRB, estou pronto. Mas, antes, converso com a presidenta Dilma”, promete, leal até ao tratamento feminino preferido pela presidente.

Derrotado em 2004 na disputa pela Prefeitura do Rio, em 2006 ao tentar o governo do estado, e, novamente, em 2008, noutra tentativa pela prefeitura, elegeu-se senador em 2002 e 2010. No gabinete, ao redor de uma mesa recheada de livros sobre atuns, tilápias e dourados, diz que agora quer se debruçar sobre a pasta e tirar do papel seus projetos. Mas não deixa o discurso de pré-candidato. “Que político não gostaria de governar seu estado?”, lança a isca.

O anúncio da pré-candidatura de Crivella pegou de surpresa o PT e o PMDB, partidos que já lançaram as pré-candidaturas de Lindbergh Farias e do vice-governador Luiz Fernando Pezão, respectivamente. Embora as duas siglas afirmem publicamente que vão tentar demovê-lo da ideia, a avaliação é de que o senador licenciado quer aumentar seu passe antes de decidir quem vai apoiar. “A decisão é dele. Temos que respeitar. Mas é claro que vamos conversar com ele, que foi tão importante para a reeleição do prefeito Eduardo Paes no ano passado”, avaliou o presidente estadual do PMDB, ex-deputado Jorge Picciani. 

Segundo a matéria publica-da ontem no Extra, a declaração de Crivella de lealdade à presidente foi interpretada como uma porta aberta para que Dilma peça a ele que apoie Pezão ou Lindbergh, para não embolar ainda mais a disputa no Rio e não fazer com que a presidente tenha que se dividir entre três palanques na campanha. 

 “Conversa gostosa” no Palácio do Planalto

Enquanto Crivella se coloca como pré-candidato, o deputado federal Anthony Garotinho, que também pensa no governo do Estado, se aproxima da presidente Dilma.

Disposto a alfinetar os aliados da presidente, Garotinho publicou em seu blog uma nota informando que a conversa, na manhã de ontem, com Dilma foi marcada pelo bom humor da presidente.

— A conversa estava tão gostosa que em determinado momento o senador Alfredo Nascimento disse: ‘Garotinho, vamos tratar dos assuntos partidários’. Nisso foi interrompido pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti que brincou: ‘Calma Alfredo eles ainda estão na sessão remember’. O senador deu muitas risadas — contou Garotinho, lembrando também que a presidente Dilma Rousseff perguntou por Rosinha, pelas crianças, e até recomendou a leitura de um livro.

Fonte: Folha da Manhã online - Alexandre Bastos

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