quarta-feira, 11 de novembro de 2015

PRATOS QUASE VAZIOS NA ESCOLA: É ROSINHA!


Thaís Tostes
Fotos: Leitor

Diante de várias denúncias — de pais de alunos e funcionários que preferem não se identificar — envolvendo interrupção do fornecimento de merenda em escolas da rede pública municipal de Campos, a secretaria municipal de Educação, Cultura e Esportes afirmou que “não houve interrupção no fornecimento de merenda” e que “a distribuição ocorre normalmente”. E adicionou: “Caso alguma unidade tenha suspendido o fornecimento, não foi por determinação da secretaria, e será aberto um procedimento administrativo para apurar”. Segundo as denúncias, a interrupção teria acontecido em várias unidades e sido motivada pelo não pagamento à empresa Guellil, que fornece a merenda. Interrogada sobre isso, a Prefeitura não respondeu. A Folha perguntou à Guelli se há, de fato, tal dívida, mas até o fechamento desta edição, o grupo não deu resposta.

Um internauta disponibilizou nessa terça-feira (10), na rede, uma imagem que seria de um comunicado, emitido pela Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, do distrito Santo Eduardo, onde se lê: “Comunicamos aos senhores pais/responsáveis que a partir de amanhã (10/11/2015) não haverá lanche e nem almoço. Favor providenciar lanche para seu filho(a)”. Essa imagem foi veiculada pelo Blog do jornalista Alexandre Bastos, hospedado na Folha Online.

A unidade escolar de Santo Eduardo é apenas uma das unidades da rede que estariam sem fornecer merenda aos estudantes. Uma supervisora da Guelli teria, inclusive, fechado a despensa de uma dessas escolas. Leitores enviaram à Folha imagens de alunos sentados diante de pratos com pouquíssima comida e com apenas dois tipos de alimentos.

Representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) repudiam a situação enfrentada nas escolas da rede.

— Nós do Sepe não aceitamos a interrupção do fornecimento de merenda e a comunidade escolar também não deve aceitar. Vamos reforçar, aqui, a necessidade urgente da realização de concursos para merendeiras — comentou uma das coordenadoras do Sepe-Campos Graciete Santana.

Fonte: Folha da Manhã on-line

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