quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ALÔ: É DA JUSTIÇA ELEITORAL?

NÃO DIGA ALÔ, DIGA JUSTIÇA ELEITORAL

Tá legal, mas não aceito o argumento. Eles vão dizer que são radialistas, que isso, mais aquilo, mais aquilo outro. Mas a mim não enganam. O que está em marcha, é um caso flagrante de abuso de poder econômico, de uso indevido de meios de comunicação com explícito fim eleitoral.

Eu me refiro ao programa diario que o Garotinho e assessores do governo municipal comandam na radio diario, entre 8 e 10h da manhã, com farta distribuição de prêmios e vigoroso apelo subliminar em favor de seus liderados políticos, dos quais será escolhido o candidato à sucessão da prefeita de plantão.

Ora, direis, tá tudo legal. E eu vos direi, no entanto, que há uma nuvem espessa sobre a documentação que regulariza a veiculação do programa. À saber:

1) cópia do contrato, com destaque para os valores acertados;

2) os comunicadores são contratados pela emissora?

3) o horário é locado? quem paga?

4) há verba pública na negociação?

5) quem são os anunciantes da carteira comercial do programa?

6) quem dá os prêmios?

Digo isto porque até as pedras portuguesas que resistiram no calçadão, sabem que o comunicador Anthony Garotinho, é, no momento, líder de um partido político que está no poder e eminência parda de uma administração que experimenta o maior índice de rejeição da história política desses Campos dos Goytacazes e dá um braço, se preciso for, para eleger o ungido candidato oficial.

O seu programa de rádio é uma previsível estratégia eleitoral dissimulada. Manjada.

Se eu que sou um bobo já identifiquei a manobra, imagino que a Justiça Eleitoral não tardará a cumprir seu dever de ofício.


Fonte: Fernando Leite & Outros Quintais

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