sexta-feira, 13 de junho de 2014

Para onde vai nosso trânsito?

Dando continuidade aos questionamentos e análises que iniciamos neste espaço, no qual tratamos sobre o vazio de ideias e projetos que mediocrizam o debate político em nossa cidade, falarei mais especificamente hoje sobre o problema do trânsito e a ausência de medidas estratégicas para saná-lo.
Qualquer campista que ande de carro, de ônibus ou de bicicleta percebe como o deslocar-se em nossa cidade tem se tornado um tormento maior. Voltar do trabalho ou buscar os filhos na escola converte-se numa aventura em que o único remédio é a velha e boa paciência. Em vista deste quadro, eu pergunto: se todos nós estamos percebendo isso, por que a administração municipal não oferece nem uma esperança de melhora ou solução? Não há nenhum projeto ou plano estratégico pensando como será o trânsito de nossa cidade daqui a dez anos? Pelo visto, tudo continua no papel e permanecemos repetindo os erros dos anos anteriores.

O vazio de ideias de que falamos em outro artigo passado se aplica a esse problema do trânsito tratado aqui hoje. Presenciamos o recapeamento de asfalto em algumas vias, como o trabalho desnecessário que vem sendo feito na avenida 28 de março, obras com valores elevados, desacompanhado da construção, ou ao menos, planejamento de novas vias com o fim de desafogar o trânsito. Vale lembrar que as vias mais importantes como a própria avenida 28 de Março, a avenida 7 de Setembro no trecho que cruza a UENF e a avenida Arthur Bernardes não foram projetos idealizados por este grupo que está hoje no poder e esteve por muito tempo em outras oportunidades. Ficaram tanto tempo no comando da administração e quase nada fizeram para a melhoria real de nosso trânsito.

Parabenizo o vereador Fred Machado pela brilhante realização da audiência pública sobre mobilidade urbana essa semana na Câmara. Mas, ainda assim, precisamos urgentemente da abertura de mais debates, especialmente por parte do Poder Executivo Municipal, para pensarmos medidas e um plano estratégico para o trânsito em nosso município. Precisamos hoje de, ao menos, mais umas cinco “Arthur Bernardes”, sem falar na necessidade urgente de um plano cicloviário que garanta o deslocamento seguro de bicicleta por toda a cidade. Até quando amargaremos o silêncio e o vazio desta atual administração?

- Rafael Diniz - artigo publicado, hoje, no jornal Folha da Manhã 

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