sábado, 19 de abril de 2014

Transporte e educação lideram as causas dos protestos em Campos

Por Aluysio Abreu Barbosa, em 18-04-2014 - 14h23

Blog Opiniões
Ônibus lotados e filas de gente querendo entrar, em mais um dia de rotina no terminal rodoviário urbano de Campos (foto de Valmir Oliveira - Folha da Manhã)
Ônibus lotados e filas de gente querendo entrar, em mais um dia de rotina no terminal rodoviário urbano de Campos (foto de Valmir Oliveira – Folha da Manhã)

Para os campistas que tem saído às ruas para protestar, o transporte público é o principal problema da cidade, seguido da educação, da infraestrutura urbana, da saúde, da habitação, de benefícios sociais e da segurança. Dos 38 protestos populares registrados este ano em Campos (confira-os, um a um, aqui), 11 deles foram contra a precariedade do transporte público, em pontos fisicamente distantes do vasto município, o que indica a generalização do problema: cinco na Baixada Campista (três em Mineiros, um em Donana e outro em Ponto dos Coqueiros), dois na área central, dois em Lagoa de Cima, um em Santa Cruz e um no Parque Califórnia. Já na educação, outro calcanhar de Aquiles do governo Rosinha, que oferece o pior ensino municipal de todo o Estado do Rio, segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), foram 10 as manifestações. Demandas de infraestrutura urbana geraram sete protestos, seguidas da saúde e da habitação, com três cada; e de benefícios sociais e da segurança pública, cada um gerando duas manifestações.
Além de usar os supervisores municipais para montar uma rede, via WhatsApp, para monitorar e tentar evitar novos protestos, se a tática adotada pelos garotistas-rosáceos for realmente fomentar e jogar a maior luz possível em protestos de cobrança aos serviços públicos do governo estadual assumido este mês por Luiz Fernando Pezão (PMDB), concorrente direto do deputado federal Anthony Garotinho (PR) na corrida ao Palácio Guanabara, a tarefa pode não ser das mais fáceis. Das 38 manifestações de 2013, apenas três poderiam servir a este fim: duas por cobrança de segurança pública e uma (entre as 10 da educação) feita por professores, funcionários e alunos da Uenf, em greve por melhores condições desde março. Mas a imensa maioria dos protestos em Campos são por serviços públicos tão básicos, que fica muito difícil jogar a responsabilidade sobre eles além do colo do município, sobretudo quando não se perde a conta do seu orçamento bilionário.

Um comentário:

Anônimo disse...

Transporte ZERO, EDUCAÇÃO ZERO ZERO, também com 1 Secretária IDIOTA!....
Saúde?
Para quê?
Deixe o povo morrer!Depois das eleições,lógico!