quarta-feira, 8 de maio de 2013

Comandante da PM acusa Garotinho de tentar comprar seu silêncio


O coronel Erir relembrou episódio do governo de Rosinha

O comandante da PM do Rio, coronel Erir Costa Filho, acusou o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) de tentar comprá-lo na época do governo Rosinha. A afirmação foi feita durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
— O coronel Erir disse que não tem amnésia. Ele mantém as afirmações que ele fez a mim de que Chiquinho da Mangueira era integrante do tráfico da Mangueira? — perguntou Garotinho.
— O senhor vai ver que não tenho amnésia. Quando fui ao seu gabinete, o senhor tremeu. Não falei que ele era traficante. Falei que ele foi ao meu gabinete pedir para não fazer operação na Mangueira, por estar sendo ameaçado por traficantes. Eu disse a ele "Quero que o senhor se dane". O senhor quis me comprar oferecendo o comando do Batalhão Rodoviário e dando tudo que eu pedisse para me calar. O senhor não fez isso? — devolveu Erir.
— Não — respondeu Garotinho, no ato.
— Então, o senhor tem amnésia — rebateu Erir.
Com o rosto vermelho, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, encarou Garotinho no momento da frase do coronel Erir. O deputado negou a acusação do comandante.
Procurado, o deputado Chiquinho da Mangueira não retornou às ligações.
A audiência pública foi requerida pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), para discutir o combate à corrupção policial no Rio, após o EXTRA publicar dados da Pesquisa Nacional de Vitimização. O levantamento mostrou que a PM do Rio é a mais corrupta do país, concentrando 30,2% dos achacados por PMs. O comandante da PM afirmou que até hoje não teve acesso à prévia da Pesquisa Nacional de Vitimização, por isso não a comentaria.
Beltrame afirmou que 1.580 policiais civis e militares foram expulsos por desvio de conduta entre 2007 a março de 2013. O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) perguntou quantos desses eram oficiais ou delegados. Beltrame não respondeu.
Em resposta a Otávio Leite (PSDB-RJ), o secretário de Segurança afirmou que o Rio não acompanha os policiais após a expulsão. Em abril, em entrevista ao EXTRA, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu o controle desses policiais para evitar que os expulsos se tornem milicianos. Leite afirmou que apresentará nesta quarta-feira na Câmara projeto para tornar o acompanhamento obrigatório.




Um comentário:

Anônimo disse...

Novidade?
nenhuma.
o moleque é cara de pau e se acha acima do bem e do mal.
Em resumo, um desequilibrado.