sábado, 20 de abril de 2013

SOS ASILO DO CARMO

Amigos do Asilo,

Há muito que escrevi a súplica do Asilo do Carmo. Nada mudou. Só piorou. O que fazer? Fazer o quê?

 
Lô Crespo


SÚPLICA

Já não suporto as dores
dos meus pedaços tirados!
Já não aguento o descaso
com o meu corpo tão cansado!
Sou um prédio com esteios,
interditado, tombado...

Tenho a vida ameaçada!
Eu não quero ter escoras.
Eu quero viver de pé,
seguindo com a minha história,
não de saudade das glórias,
de um tempo que já se foi.

Sou, historicamente,
mais um casarão “tombado”...
Por que me tornaram assim,
se não há conservação,
se ninguém cuida de mim?
Para que ter minha guarda
se negam-me proteção?

O meu grito é sufocado
com o silêncio das paredes.
Quero viver atuante,
continuando a abrigar
vidas que como eu
tem histórias pra contar!
Sou o Asilo do Carmo,
que suplica, chora e grita:
Sou um patrimônio de Campos,
de Campos dos Goytacazes!

                        Heloisa Crespo

  Versos inspirados na foto do Asilo do Carmo, no jornal Monitor Campista, de 17/09/2003

2 comentários:

Anônimo disse...

GAROTINHO É ISTO QUE CAMPOS MERECE?
MERECE QUE SUAS CRIANÇAS FIQUEM SEM ESCOLAS DECENTES( VÍDE IDEB )E SEUS IDOSOS EM SITUAÇÃO DE PENÚRIA?
ESSA É A FÉ QUE A FAMIGLIA PROFESSA?

Anônimo disse...

A que ponto cgegou nossa cidade.
Idosos sendo tratados dessa forma.
Essa é a cidade onde evangélicos governam.