quarta-feira, 3 de abril de 2013

REUNIÃO ENTRE FUNCIONÁRIOS DO AÇU E FIRMA ACCIONA TERMINA SEM ACORDO


Outro encontro foi agendado para esta quarta no MTE

 Daniel Abreu

Outro encontro foi agendado para esta quarta no MTE


E não foi dessa vez que a situação dos trabalhadores do Porto do Açu teve um desfecho feliz. Depois da manifestação, que durou toda a manhã desta terça-feira (02/04), e, que deixou as entradas para as obras do Complexo Portuário interditadas, funcionários do Porto e dirigentes do Sindicato do Trabalho da Indústria e Construção Civil, estiveram reunidos no período da tarde, no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Campos, com representantes da empresa responsável pela contratação dos servidores do Açu, a Acciona Infraestrutura, a fim de, resolver as reivindicações impostas pelos funcionários. 

O encontro, que durou mais de duas horas, não teve uma negociação. Uma nova reunião foi marcada para às 14h desta quarta-feira (04/04) com as partes envolvidas, incluindo o responsável pela logística, administração e finanças da Acciona no Porto do Açu, Olivier Ricardi.
De acordo com o presidente do Sindicato do Trabalho, José Carlos Eulálio, não houve negociação e a situação [greve e bloqueio da entrada do Complexo] vai permanecer do jeito que está. “Existem 25 notificações que estão perdurando desde janeiro e eles alegaram que não sabiam de absolutamente nada. Já houve duas reuniões dentro do sindicato e mais essa aqui, e eles não sabem de nada. É uma brincadeira com os trabalhadores e com a gente”, lamentou o presidente afirmando que se não houver acordo entre as partes a pista ficará fechada e a greve continuará por tempo indeterminado.

Indignado, um dos funcionários que esteve presente durante o encontro, o auxiliar técnico de segurança do trabalho, Leandro Fiocchi, disse que mais uma vez a empresa foi negligente e irresponsável para com os trabalhadores. “Deu pra ver que eles não têm responsabilidade nenhuma com a gente, pois até o responsável [Olivier] chegou atrasado para a reunião de hoje. O problema é que a empresa em si, é boa, mas acontece que a administração dela no Porto do Açu é que é uma bagunça”, revelou o trabalhador.
O representante legislativo da Acciona, Leandro Costa, disse que algumas reivindicações, impostas pelos trabalhadores, procedem, mas a maioria é leviana. Ele ainda mencionou que todas as notificações foram lavradas em ata. “Nós estávamos dispostos a avançar com a negociação, mas eles [funcionários] não quiseram prosseguir por causa da hora, por isso nós adiamos para amanhã (quarta). É importante frisar que muitas coisas ditas por eles, não são verdadeiras como: atraso de salário”, afirmou o advogado explicando:

“O que existe, na verdade, é que houve um erro no apontamento das horas extras de diversos trabalhadores. E quando o salário for pago, as horas extras serão incorporadas com os salários daquele mês. Na próxima quinta-feira (11/04) estaremos efetuando o pagamento desses profissionais”.
Com relação ao plano de saúde, o advogado disse que a reivindicação dos funcionários é de que o benefício seja extensivo para a família. “Para que isso seja feito é necessário realizar um estudo econômico em torno disso. E outra, eles só tem o plano de saúde descontado a partir do momento em que fazem uso do mesmo. O erro está porque eles não receberam o cartão ainda. Mas, se não estão usando, obviamente que não está sendo descontado. E esse é o outro apontamento que não prossegue”, enfatizou Leandro, concluindo:
“Amanhã iremos apresentar os prazos que temos pra resolver algumas reivindicações. Pediremos para que eles aguardem até uma semana para que possamos resolver a situação dos planos de saúde, por exemplo. Se existe algum desvio de função a ser apurado, iremos sentar com alguns trabalhadores e verificar quais são os casos que apresentam essa situação, entre outras propostas”. 

A categoria reivindica por pagamentos atrasados e repasse incorreto do mesmo; vale alimentação e plano de saúde, que segundo os funcionários, vem sendo descontados sem dar direito aos benefícios; desvio de função; acidentado sem notificação; trabalho noturno sem hora de descanso, além de dificuldade em comunicar problemas com o setor de Recursos Humanos (RH).
Fonte: site Ururau

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