domingo, 14 de abril de 2013

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO CAMPISTA

Todas as pessoas que buscam se manter informadas sobre as coisas
que acontecem no dia-a-dia de nosso município, já ouviram falar do trabalho
que a Câmara de Vereadores vem desenvolvendo no sentido de elaborar uma
nova Lei Orgânica Municipal.

Uma lei que representa para o município o que a Constituição Federal
representa para a República Federativa do Brasil: a suprema regulamentação
dos Poderes Políticos, da atuação governamental e do exercício pleno dos
direitos, garantias e deveres fundamentais, inerentes ao conceito de cidadania.

Em termos jurídico-políticos, a Lei Orgânica é a lei fundamental de
nosso Município_ uma espécie de “Constituição Municipal” __, que regerá a
atuação do Governo e regulará os aspectos da vida social.

Por esse motivo, é que a Lei Orgânica possui extrema importância para
todos nós que nascemos ou estamos radicados na cidade de Campos dos
Goytacazes, uma vez que a promulgação e vigência da mesma estabelece
uma série de regras, valores e comportamentos que incidem diretamente sobre
as nossas vidas enquanto cidadãos.

Dada a sua importância para toda a municipalidade, a Lei Orgânica
precisa ser concebida através de um amplo debate social, com a participação
efetiva de todos os segmentos da sociedade civil representada. A bem da
verdade, como todo poder emana do povo, é justamente este que deve impor
aos que o governam a garantia de que a administração pública guiará seus
esforços sempre no sentido de promover o bem-estar social, o progresso e o
desenvolvimento da comunidade.

Não obstante a esse mister, o que vemos em nossa cidade é um
processo político que se afasta cada vez mais do âmbito social, privando a
população de discutir e participar das decisões político-administrativas que
incidem diretamente sobre sua vida. E não é diferente com esse projeto de
elaboração da nova Lei Orgânica Municipal.

De certo modo, todos somos culpados por essa situação. Abdicamos de
exercer nosso poder político com a desculpa genérica de que a difícil rotina
cotidiana consome nosso tempo e limita drasticamente nossa capacidade de
atuação em questões sociais relevantes. Perdemos nosso interesse sobre a
Política e caímos na armadilha de um ostracismo acomodado na desesperança
e na banalidade.

Todavia, ainda há tempo para uma transformação em nosso
comportamento. E a hora de refletir e mudar é agora! Precisamos retomar o
palco de nosso teatro político e atuarmos pró-ativamente no sentido de mudar
a história de nossa realidade social. O futuro de nossa cidade é construído por
todos nós. Não podemos nos furtar à assunção desse compromisso.

E, justamente pensando nisso, que foi criada a Comissão Popular da Lei
Orgânica, que se reuniu pela primeira vez na última segunda-feira no auditório
da Faculdade de Direito de Campos, para tratar das propostas que alguns
segmentos da sociedade civil organizada pretendem apresentar à nossa
Câmara Municipal, para a devida apreciação. Queremos estabelecer uma
discussão objetiva que defina os princípios e valores fundamentais que
gostaríamos que constasse na norma política que regerá a atuação do poder
público municipal e o nosso comportamento em sociedade.

A comissão é composta de advogados, cidadãos e alguns segmentos da
sociedade civil organizada, que possuem um interesse legítimo de darem a sua
contribuição nesse projeto de revisão de nossa lei municipal maior.

É preciso conclamar nosso povo campista a participar desse processo
comunitário, que é pautado pela seriedade e apartidarismo, visando debater o
maior número de propostas possível, até que se chegue a um projeto de Lei
Orgânica que atenda nossas necessidades coletivas.

Alguns dos advogados que compõem a comissão se prontificaram a
redigir uma minuta do projeto de lei orgânica debatido em nossas reuniões, de
origem efetivamente popular.

Gostaria de convidar a todos a participarem do próximo encontro da
Comissão Popular da Lei Orgânica, que acontecerá no auditório da Faculdade
de Direito de Campos, no dia 17 deste mês, às 19 horas.

Encerro este texto com as palavras do eminente filósofo e sociólogo
alemão Jürgen Habermas, que em sua teoria do direito, baseada na ação
comunicativa, concebeu a seguinte pérola: “o direito legitimo, é aquele que
vem de um processo democrático discursivo de elaboração legislativa.”

Luís Renato Dumas.

2 comentários:

Anônimo disse...


Duvidosa

Sergio Mendes, me responda por favor a Conta salário pode ser em qualquer banco?? Segundo soube a Prefeitura estaria convocando os servidores para comparecerem à Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima para se cadastrar no Santander a partir desta segunda-feira. Houve alguma mudança neste sentido??
Aguardo resposta.Obrigado.

Anônimo disse...

ESSA LEI ORGÂNICA É PRA F...MAIS AINDA O SERVIDOR , VAMOS LÁ GENTE , TÁ RISCADO ENGOLIR O SALÁRIO TODO DO SERVIDOR!