domingo, 27 de setembro de 2009

Querem "comprar" o Monitor Campista


O jornalista Vitor Menezes postou ontem no Blog Urgente, que : "Autoridades do município estão envolvidas em uma tentativa de salvar o Monitor Campista. O fim do jornal, como empresa do grupo Diários Associados e com a linha editorial atual, é dada como certa, mas tenta-se, ao menos, preservar o título histórico..."
A informação rica em detalhes que ele esclarece : "Nenhuma hipótese é oficialmente assumida na Prefeitura. Admite-se apenas que estão sendo feitos “estudos” para salvar o Monitor, que em 2009 completou 175 anos e é o terceiro mais antigo do Brasil ainda em circulação." Não ficam dúvidas de que existiu uma "fonte quente ", que o jornalista tem o direito de não revelar, assegurado em nosso Código de Ética.
Conhecendo a postura do colega de profissão,se for apenas especulação, não é da parte do jornalista.
O também jornalista Ricardo André publica hoje: "Eu, como um dos editores do jornal, fiquei lá até às 19h de sexta-feira e não ouvi nem boato de corredor sobre o polêmico assunto. Portanto, a opinião que emitir será baseada, fundamentalmente, na informação do Urgente!"e comenta em seu Blog Eu Penso Que...
Bom, eu também como funcionária do Jornal Monitor Campista, e que na sexta-feira saí mais tarde do que Ricardo André, pois com a Patrícia Bueno atuo na edição dos domingos, não ouvi qualquer burburinho sobre o assunto, e olha que depois do corre-corre do fechamento da edição do dia, a tranquilidade no local nos permite ouvir qualquer ruído.
Esclarecidos e recaptulados, opino sobre o tema com base no título da postagem do Ricardo André, " Municipalização ou Morte do Monitor?"
Para mim é muito claro, trata-se da morte e do sepultamento de um jornal que já há algum tempo vem ocupando um espaço significativo no mercado. O Monitor Campista não é um jornal, imparcial, ainda que discordem de mim meus superiores, isso não existe! O Monitor é sim um veículo de informação, divulgador de notícias democrático! Mas a democracia desagrada aos ditadores! Atribuir os problemas financeiros que atingem o Monitor Campista ao fato do jornal não publicar mais os atos oficiais da Prefeitura de Campos e com base neste mesmo pensamento, a uma ação movida pelo jornal Folha da Manhã, é fingir-se de ou querer fazer os leitores de tolos.
A Prefeitura de Campos dos Goytacazes, assim como as da região, além dos Governos do Estado e Federal, são sim os maiores anunciantes em potencial da maioria dos veículos de comunicação nesse país. A Constituição Federal determina a publicidade dos atos de todos os orgãos públicos, e deixa claro como ela deve ser feita: ter caráter educativo, informativo, de forma impessoal. Estou me referindo às campanhas institucionais, exclua-se a publicação dos atos oficiais.
Ora, com um orçamento da ordem de R$15 milhões para esse ano e previsão de quase R$16 milhões para o próximo ano, fosse cumprida a Constituição Federal não haveria necessidade nem de valor tão alto e nem de " morte" de nenhum veículo de comunicação. E a população teria assegurado também o seu direito à informação.
Com uma prefeita e seu marido forjados nos meios de comunicação, área , se compromisso com a legalidade e democracia houvesse nenhum veículo de comunicação precisa ser "vendido ou comprado". E a sobrevivência dos jornais dependeria única e exclusivamente de seus leitores. Mas quem garante a sobrevivência política?
Mas alguém tem essa ilusão ? Creio que estamos vendo o nascimento de Roberto Marinho Macedo, que cruza hein? Roberto Marinho com Edir Macedo.
Por que ninguém cumpre a Lei, porque a Justiça não faz cumprir a Lei?
Deixa o resto por conta da competência , do desempenho, da natural e saúdavel concorrência , do trabalho dos profissionais que atuam tanto nas redações , como nos departamentos comerciais, que no dia a dia, estes sim, têm a obrigação de vender anúncios , de conquistar novos anunciantes junto à iniciativa privada ?

7 comentários:

Anônimo disse...

Será que mais um ¨pedaço¨da história do município irá se perder?
Será que temos que conviver com o descaso para com nossos ¨patrimonios¨ culturais?
Qdo da DESTRUIÇÃO do TRIANON, era eu criança e não há desculpas para os adultos campistas da época , por permitirem tal ABSURDO , tamanha falta de carinho para com sua história!
Contemporaneamente já não basta a pça São Salvador????Projeto bonito , mas para outro local que não promovesse a DESTRUIÇÃO de uma bela pça já existente.
Em qq NAÇÃO que se enxerga como tal , o ¨velho¨ e o ¨novo¨ convivem pacífica e harmoniosamente.

Anônimo disse...

O que o pessoal de Garotinho quer é controlar tudo, é comprar todo mundo que pode denunciar suas mazelas. Fingem que os blogs não incomandam , mas vejam bem como entram em todos eles para agredir os que não puxam o saco deles e dizem mesmo o que tem de dizer. E pode esperar que ele vai arrumar um "conhecido" para comprar o Monitor mas que vai fazer de conta que nunca ouviu falar do dito cujo.

Anônimo disse...

Pensei a mesma coisa.
Esse menininho supõe que nessa cidade só há RETARDADOS.
(pior que muitas vezes tb eu suponho, afinal,permitiram O RETORNO -parte 3(só 3?-20 anos!!!)

Anônimo disse...

e o pomar vai aumentamdo...

Anônimo disse...

Coincidência ou não, após uma semana da publicação da entrevista do ex-prefeito de Campos Arnaldo Viana, criticando o atual governo Rosinha Garotinho, este blog noticia uma manobra de estatatização de um órgão de informação de apenas 175 anos e respeitado pela sociedade.
O absurdo da notícia é a compra do título e do prédio onde se encontra a redação do jornal. Para que a Prefeitura de Campos quer um prédio velho em plena rua joão pessoa? Não basta os prédios que a prefeitura já comprou nos governos Mocaiber e Arnaldo? Querem comprar o título ou os valores que ele representa? Ao comprar, a serviço de quem o Monitor se curvaria? Do município ou do governo em exercício?
Já o arquivo centenários que se encontra dentro do prédio ninguém fala ou se comenta. Um patrimônio histórico e cultural que está se perdendo por conta de politicagem e favorecimentos.
Na verdade a estatatização do Monitor é uma cortina de fumaça para as eleições ao Governo do Estado. O bom relacionamento do Sr. Garotinho com os Diários Associados atual dono do Monitor, que também é proprietário da radio TUPI no Rio de Janeiro, vem no momento oportuno as véspera das eleições para governador. Já que todos sabem que é com a fala afiada, microfones ligados e uma excelente abrangência, que se conquista a cadeira estadual.
Na minha opinião, o município não pode adquirir um título de jornal ou seu prédio, sob a justificativa de preserva-lo. Preservar é manter, conservar, colocar a disposição de novas gerações. E sabemos que isso não acontecerá, pois esta ação, não dá voto a ninguém!
O dinheiro público deve sim ajudar a preservar o patrimônio histórico dos arquivos do Monitor. Atualmente milhares de páginas estão estocadas de forma precária em uma minúscula sala, sem qualquer zelo por parte da direção do jornal, que mesmo durante anos, com dinheiro dos pagamentos oriundos do D.O., não os fez. Apesar de tudo, apenas subsidiou sua matriz carioca, com repasses de dinheiro, que imagino querer continua a sugar mais e mais, vendendo o prédio, o título e valores éticos do 3* jornal mais antigo do BRASIL!

Jane Nunes disse...

Posso assegurar que da direção local, leia do Jairo e dos funcionários, todos os esforços estão sendo feitos, inclusive buscando a microfilmagem do acervo.
Mas essa rasteira vem sendo armada antes, bem antes da entrevista de Arnaldo...

Anônimo disse...

Gente!
É preciso fazer alguma coisa.
ENTIDADES DE CLASSE !Em nome dos campistas por favor...
FAÇAM ALGUMA COISA!!!
Esse povo do poder em Campos é realmente LOUCO!