Monitor: Um jornal para toda vida !

Sem luta não há vitória!


O Monitor Campista está atravessando,sim, uma crise, mas muito menos grave do que alardeam os arautos da desgraça. O município de Campos está passando por um momento difícil, que está atingindo também outros segmentos do mercado. Existe uma crise mundial que está afetando todos os veículos impressos, sem exceção. Ninguém está salvo.
Desde abril deste ano, deixamos de publicar os atos oficiais da municipalidade, que representava quase metade de nossa receita. Foi uma perda significativa. Por mais de 100 anos de forma ininterrupta o Monitor Campista prestou esse serviço e o impacto foi significativo. Nossa receita caiu, nossos custos não. É natural que se faça ajustes, que se cortem gastos. Mas não estamos de braços cruzados. Temos projetos, inclusive de investir mais nos segmentos de Internet, como o Monitor 3D.
Os nossos 175 anos de existência nos garantiram a experiência que nos impulsiona para a vanguarda. Hoje a Internet é nossa maior aliada, através dela o Monitor Online está mais próximo de milhares de leitores via newsletter, do móbile e também do twitter. O Monitor Campista é o único jornal do interior acessível no Newseum, onde estão os maiores e mais respeitáveis jornais do mundo. A interação com os leitores também foi, na região, pioneirismo nosso e implantado em 2006, abrindo canal para comentários sobre as notícias, críticas, sugestões, fóruns e enquetes, além do acompanhamento do ranking das notícias mais lidas e buscadas nos dias anteriores.
Desde o mês passado estamos com problemas técnicos no parque gráfico que edita nosso jornal, no Rio de Janeiro, o que nos impôs um teto de fechamento sem, contudo, sofrer prejuízo em conteúdo graças à nossa competente equipe. Em função disso, foi preciso suspender, por hora, a edição das segundas-feiras, conforme comunicamos aos nossos leitores sem alarde, porque sabemos tratar-se de problema temporário a ser sanado brevemente.
Sempre primamos pela verdade, pela legalidade. O Jornal Monitor Campista não tem, até a presente data, uma única dívida com fornecedores. Todos os nossos funcionários estão com seus salários em dia, anotados nas devidas Carteiras de Trabalho e corrigidos em 6% conforme índice definido pelo Sindicato dos Jornalistas. Nos orgulhamos de oferecer, também, benefícios como crédito-farmácia, Cartão-Refeição e outros...
Nossa equipe é uma das mais completas dos veículos de comunicação de nossa região, composta de profissionais qualificados e de diversas áreas. Empresas que se dizem fortes, há muito dispensaram por contenção de despesas ou não contrataram pelo mesmo motivo. A diminuição das atividades, atualmente nos permite manter a qualidade de nosso trabalho com uma quantidade menor de funcionários. O Monitor Campista se despediu de alguns companheiros de lutas e sonhos, com os quais mantinha uma relação de amizade, de família.
Uma relação, talvez herdada do fundador do grupo ao qual somos filiados, Assis Chateaubriand, que dividiu entre familiares e funcionários seu patrimônio. Uma herança da qual nos orgulhamos, que desafia o entendimento dos mais renomados juristas, dado à complexidade de seu aspecto analisado na frieza das leis, mas de simples e claro entendimento para cada um de nós que passamos a integrar os Diários Associados: Somos todos peças fundamentais e de igual importância nessa fábrica de notícias. Estamos “em crise” sim, porque estamos tristes.
O Monitor Campista é um patrimônio histórico e cultural, não só campista, mas brasileiro. Temos certeza de que essa situação é provisória “No mundo tereis aflição, mas tendes bons ânimos”. E Nós temos! Até, aos que torcem pelo fracasso do Monitor, sentimos decepciona-los, mas não vamos desistir da luta!

Editorial publicado na edição de hoje do Monitor Campista