quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Obra imortal...
Se vivo fosse, o escritor José Cândido de Carvalho teria completado ontem 95 anos. Imortal da Academia Brasileira de Letras, o ilustre filho da Baixada Campista partiu em 1989, mas deixou de herança muita criatividade sobre páginas. Quem conhece, por exemplo, os personagens e lugarejos que ele inventava há de concordar: Ribaldino de Araújo, Gorjão de Ataíde e Melo, Anaclício Alves, Adrião Popó... e por aí vai...
Ontem, em entrevista ao Monitor, a filha do escritor, Laura Lione, anunciou o lançamento de um livro com minicontos inéditos. A previsão é de que o trabalho seja publicado em dezembro pela Editora José Olympio/grupo empresarial Record.
Enquanto o livro não vem, segue mais um bom momento do pai do Coronel e do Lobisomem...
Relato do delegadão Antoninho Feijó que prendeu, por suspeita de roubo de um brilhante, o mágico Janjão Meireles, do Circo Zaratini, armado em Itaiçu das Caixas:
- O suspeitista, depois de passado pelo Vomitório Três Andorinhas, inventoria do pessoal da Farmácia do Amaral, deu de largar pelo bocal uma desordem de utensílios, menos o almejado brilhante. Arrolei os seguintes botados do indigitado sujeito: um par de abotoaduras, um canivete, duas moedas de vintém, um tostão do tempo de Getúlio, uma figa de guiné, um chaveiro e uma aliança de prata. E na arrematação, um pombo-leque que saiu voando em pronto instante.
Um Pombo-leque como testemunha (do livro Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon - José Olympio)
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