domingo, 26 de julho de 2009

O dia em que esnobei Shumacher



Estava na Itália, mais precisamente no aeroporto, em Florença ,retornando ao Brasil, sem ter visto, um único Ferrari na rua, pensei que fosse encontrar vários, que nada!Duas coisas que não queria abrir mão naquela viagem: a foto ao lado de um Ferrari de preferência F 430 e um exemplar do livro; O Príncipe, de Maquiavel (ele não era maquiavélico).
Trouxe dois, e gosto de passar algumas horas fazendo tradução de alguns capítulos, com ajuda é claro de dicionários, santo Google, edições em português, é... não vou tirar onda que domino o italiano.Mas voltando ao aeroporto...
O vôo iria atrasar, sem previsão de horário para embarque para Alemanha, naquela manhã de sábado, véspera de corrida de fórmula I, que não curto mais desde a morte de Airton Senna, naquele primeiro de maio de um domingo. Não fosse o acidente com o Massa talvez nem me lembrasse que ainda passam essas corridas na TV.
Pois bem, de repente, avisto o que? Isso mesmo o ou a? Ferrari, aquele vermelho reluzente, aquela coisa linda adentrando ao aeroporto. Uau! Iria finalmente tirar a minha foto!
Máquina em punho, passo correndo para as mãos de minha amiga Beth que me acompanhava na viagem e eufórica digo: corre essa não posso perder. Os pontos turísticos os eventos, as autoridades, tudo já estava registrado, e poderia ter a maioria em cartão postal, mas a minha foto ao lado de um (a)Ferrari na Itália era “tudo”. É sou assim mesmo tenho umas coisas bobinhas..., nada que tio Adilson Sarmet não trate, ainda que o tratamento seja longo, mas sem lexotan!
Corremos e chegamos juntinhos com o carro no estacionamento. Com o coração acelerado, chego até ao “ proprietário do carro”, um moreno alto, bonito e sensual, pude ver depois porque ele também teve que aguardar o vôo.
Dois homens estavam no carro, um com um boné vermelho, aliás, o sujeito estava todo de vermelho o que só reparei depois também e o moreno alto desce bem na minha frente. E eu espaçosa como sempre, na maior cara de pau numa mistura de italiano, espanhol, inglês e muitos gestos, peço para tirar uma fato ao lado do seu carro.
O sujeito me respondia em inglês: “Only car?” No! Dizia eu. I and your car! Only car? No! Io and your car? E ele insistia: “ Only car?” E eu retrucava: No jo and your car. O sujeito de vermelho esboçava um sorriso sem graça, meio irônico com aquele queixo quadrado, isso deu para reparar... Vendo que a conversa poderia não acabar bem e poderia perder minha foto, abri aquele sorriso X e pedi a Beth, bate logo! Bate! Pronto lá estava eu posando ao lado do(a) Ferrari. Agora valia : thanks, ari baba! Gracias! Já tinha a minha foto.
Ficamos sentadas em um banquinho de alvenaria do lado de fora do aeroporto esperando a chamada do vôo e os carinhas do (a) Ferrari retornaram e sentaram-se à uma distância de no máximo três metros da gente. Ficaram por pelo menos 40 minutos por lá. O lado externo do aeroporto estava vazio... Somente nós, o carinha moreno alto, bonito e sensual e o” queixudo” que de "metido" aparecia ao fundo de minha foto.Quando cheguei ao Brasil e pedi ao amigo Sergio Provisano para copiar as fotos em um Cd, porque tinha certeza que elas voltariam com capa personalizada ,legendada, ainda que demorasse um bom tempo.. descobri quem era ou melhor, Provisano me revelou: Michael Shumacher!
Que deve ter imaginado se tratar de uma brasileira babaca, fã ardorosa de Rubinho Barrichello , já que no dia seguinte houve uma corrida na Alemanhã. Rubinho?  Eu fã ? Torcida na Fórmula I ?  Hoje, torcida só mesmo para que Felipe Massa se recupere.


5 comentários:

Jane Nunes disse...

Rose, eu deixei o assento no vôo porque na época ainda não haviam feito a mais recente mudança ortográfica rsrsrsr .

Sérgio Provisano disse...

E saiba, querida Jane Che Nunes, que Michael, a quem na intimidade chamo de Sapateiro (em alusão ao seu sobrenome, Schumaher=Sapateiro), ficou muito irritado com a "esnobada" que destes nele, chegando a se queixar pessoalmente comigo, pois sabia de nossa relação de amizade. O ego dele é proporcional ao seu queixo, ou seja, é imenso.

Anônimo disse...

Esse fato é inesquecível como foi inesquecível toda a viagem....a começar por Laurinha esquecendo de levar o dinheiro para comprar euros....rsrsrsrs....Beijinhos amiga.Estou postando como anônimo porque não estou conseguindo entrar com meu nome....mas vc sabe quem sou , né?

Jane Nunes disse...

amoreeee que saudades!!!
Me deu uma boa idéia , na próxima semana começo com as histórias de alguem muito parecida com ela rsrsrsrsrs.

Unknown disse...

E aquela de vc na cadeira de rodas no aeroporto e todas nós rolando rampa abaixo?????....rsrsrssr....são tantas histórias.....