segunda-feira, 22 de junho de 2009

Telhados de Vidro aos 4 Ventos

Sopra um vento forte às margens do Paraíba vem do sul ou vem do norte e sambando mamãe me disse - dou a minha cara a tapa se esse vento não vem da lapa - do convento de nossa senhora dos enterros das barbas do Ururau enchente dos afogados toneladas de peixes mortos em noites de carnaval e bois que nem sequer sabem o destino mesmo dentro do matadouro não sabem de pai João nunca viram mãe Maria só sabem o que o outro dizia sendo verdade a mentira nunca ouviram João Nogueira muito menos Pixinguinha nem Paulinho da Viola pois essa música não dá grana nem voto nas eleições pelo contrário essa música desperta o povo calado lhe ensina a fala que aki não fala e o falar grosso a saber que no tutano tem osso que a língua é ferramenta pro alvoroço faca afiada no pescoço na jugular de qualquer vento mas sopra um vento forte às margens do Paraíba vem do sul ou vem do norte e mamãe batendo o repique - dou a minha cara a tapa se esse vento não vem da lapa - montado em cavalos alegóricos em santos de romaria até em cordeiros das índias como se o primeiro de maio fosse dois de fevereiro e a Mocidade de Padre Olívácio não fosse oculta Independente no inconsciente coletivo e o povo que é muito vivo sacou a história da grana e as barganhas do vendaval e foi aí que o Santo Guerreiro Ogum de samba e terreiro triturou o Ururau leia mais em: http://mamabrega.blogspot.com Artur GomesNação Goytacáhttp://goytacity.blogspot.com

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