quinta-feira, 26 de março de 2015

Inquérito contra Garotinho por suposto peculato volta à Vara Criminal no Rio

Por suzy, em 26-03-2015 - 1h14

Folha da Manhã on-line


Arriscar tudo na eleição do ano passado, e perder, pode ter custado mais que o gosto amargo da derrota ao hoje secretário de governo em Campos, Anthony Garotinho.
Isso porque ele perdeu o foro privilegiado e, agora, ações contra ele que tramitavam no Supremo Tribunal Federal começam a voltar a primeira instância.
Um exemplo é o Inquérito 3519, que investiga denúncias contra Garotinho e a prefeita de Campos, Rosinha por peculato e lavagem de dinheiro. O STF havia aceitado, em 2013, a denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República. O caso estava desde 2010 na Justiça do Rio, mas foi para Brasília depois que Garotinho foi eleito deputado federal. Ele não concorreu à reeleição para disputar o Governo do Estado, onde ficou fora, inclusive, do segundo turno.
Entenda o caso:
O inquérito refere-se à suspeita da existência de um esquema de desvio de dinheiro do Estado do Rio de Janeiro por meio de ONGs, entre 2003 e 2006, quando Rosinha era governadora fluminense. Em 2010, o Ministério Público do Rio de Janeiro acusou o casal Garotinho e mais 86 pessoas de desviar quase R$ 60 milhões. Os promotores de Justiça afirmaram que pelo menos R$ 350 mil tinham ido parar no caixa da pré-campanha de Garotinho a presidente da República, quando ele era filiado ao PMDB.
Quando surgiram as primeiras acusações, Garotinho negou participação em qualquer esquema e afirmou que processos com as mesmas investigações contra ele foram extintos. Ele disse que a coordenação de sua pré-campanha, quando soube que empresas ligadas às ONGs haviam feito as doações, devolveu dinheiro sem gastar. A investigação envolve também a atriz Deborah Secco e sua família. O pai de Deborah foi apontado como um dos operadores do esquema com as ONGs – segundo o Ministério Público, R$ 158 mil acabaram depositados na conta da atriz. Os advogados de Deborah Secco sempre negaram que ela estivesse envolvida.
Garotinho e Rosinha estavam sendo investigados no STF, enquanto os demais réus, na justiça comum. Agora, somente a parte envolvendo a prefeita deve ficar no STF.
 Como se diz por aí, acabou o milho, acabou a pipoca.
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