Apesar de chuvas, nível da bacia do Rio Paraíba do Sul volta a cair

Neste domingo (1º), volume do rio Paraíba do Sul chegou a 0,33%.
Chuva nesta desde sexta no Rio derrubou árvores e alagou bairros.

G1

Apesar dos temporais que atingiram todo o estado no fim de semana, o nível da bacia do Rio Paraíba do Sul voltou a cair, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). Neste domingo (1º), o volume do rio chegou a 0,33%. A porcentagem é calculada a partir do nível dos quatro reservatórios que abastecem o Rio de Janeiro – Paraibuna (SP), Santa Branca (SP), Jaguari (SP) e Funil (RJ).

No interior de São Paulo, onde está a maioria dos reservatórios que abastecem o estado do Rio, choveu pouco no fim de semana.

Na capital fluminense, vários temporais caíram sobre a cidade desde sexta-feira (30). Nesta segunda (2), na Avenida Lúcio Costa, o vento forte carregou as cadeiras de praia para o meio da rua. A chuva durou aproximadamente duas horas. Logo após o túnel da Grota Funda, também na Zona Oeste, vários sinais pararam de funcionar.


Um operador da CET-Rio ajudava os motoristas no trânsito. No Alto da Boa Vista, funcionários da Light passaram boa parte do dia reparando a fiação, destruída por uma árvore, que caiu durante a noite e também derrubou um poste.

Um trecho da estrada da Pedra Bonita ficou interditado. No domingo (1º), parte do estacionamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim ficou alagada. Em vários pontos da Zona Sul, a água cobriu as ruas.

Segundo o relatório divulgado pela Agência Nacional de Águas, o volume caiu, se comparado à sexta-feira, em três das quatro represas e as chuvas não foram suficientes. Na de Paraibuna, passou de -0,45% para -0,64%. Em Santa Branca, de -1,59% para -3,00%; em Jaguari, de 1,79% para 1,61%. Só no reservatório de Funil, o único que fica no estado do Rio, o volume subiu de 3,95% para 4,55%.

Na região metropolitana, mesmo com a chuva forte registrada desde sexta-feira, o mês de janeiro foi atípico, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. A média de chuvas em janeiro, normalmente, é quase 189 milímetros. Mas em 2015, não atingiu nem 60.

Especialistas afirmaram que já tinham feito o alerta: o nível de chuvas vem baixando nos últimos quatro anos. Na tarde desta segunda-feira (2), eles se reuniram em um seminário para debater a crise hídrica.

"Ainda não há registro sobre isso mais provavelmente essa diferença deve ter sido próxima a zero. porque as primeiras chuvas que ocorrerem elas servem pra umedecer o solo, não efetuam escoamento superficial pra alimentar os reservatórios. depois nós temos meses e meses com o consumo maior do que a entrada, e portanto é como se tivesse entrado no cheque especial. então estamos devendo, nas contas dos reservatórios todas as chuvas que vierem nos meses subsequências serão pra pagar as dívidas dos meses anterior. Então com certeza nós teremos um 2015 apertado, por mais que chova", disse um dos especialistas.

Mas para os cariocas, que andavam torrando debaixo do sol, a chuva foi um alívio. Segundo meteorologistas, uma área de instabilidade que está sobre o estado vai provocar chuvas durante a semana inteira, principalmente na quinta-feira, quando deve chegar uma frente fria.