segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Reconstruindo a Agroindústria (Alcooleira)



Por Francisco Bittar via e-mail

Nós brasileiros sempre tentamos copiar os cariocas em tudo, mas o que nunca conseguimos
foi termos o desprendimento de valorizar as pessoas como eles fazem e sem distinção de
classe social; elogiam o porteiro, o vendedor de mate da praia, o empresário o artista de rua
etc. Mesmo aqueles não nascidos no Rio de Janeiro gozam do mesmo privilégio.
Recentemente, a imprensa carioca se uniu para promover com muito orgulho um empresário
do ramo do entretenimento por presidir um conglomerado de empresas faturado 130 milhões
por ano, empresário nascido na Suíça e criado em Ipanema sem desmerecê-lo o que facilita
muito no seu ramo de negócios.
Antônio Ermírio de Moraes o papa dos empresários brasileiros sempre foi inteiramente
voltado para a produção, seus sonhos giravam em torno da expansão, era obcecado pela ideia
de gerar mais e mais empregos diretos e indiretos e costumava dizer. “o que me da satisfação
é trabalhar, investir e gerar emprego”.
Quando seu grupo criou um banco não se conformava com o fato dele ocupar somente um
andar e empregar poucos funcionários e ser mais lucrativo do que a Cia. Brasileira de
Alumínio, a segunda maior fabricante de alumínio do Brasil.
Alguns conceitos de Antônio Ermírio de Morais: se eu não acreditasse no Brasil seria
banqueiro, o Brasil é um país novo e cabe aos jovens fazer este país crescer, com a
globalização a indústria brasileira precisa se reinventar para ficar mais competitiva.
Frederico Paes de Campos do Goytacazes região norte do RJ, é um jovem empreendedor que
lidera um grupo que com um novo conceito de administrar. Apesar da crise que passa o setor
sucroalcooleiro com fechamento de mais de 30 usinas só em São Paulo nos últimos quatro
anos está reinventado o setor em nossa região.
Na última década criaram a COAGRO (Cooperativa Agroindustrial do Estado Rio de
Janeiro) conseguiram reabrir uma usina falida e sucateada, gerando centenas de empregos
diretos e indiretos.
Dignidade com o trabalhado numa região onde o setor canavieiro sempre foi marcado pela
escravidão e posteriormente, pelo trabalho análogo à escravidão. O presidente da COAGRO
recebeu das mãos da presidenta da republica do Brasil o (Certificado do Cumprimento
Integral do Compromisso Nacional para aperfeiçoar as condições de trabalho na cana de
Compromisso com o meio ambiente: a COAGRO recebeu a licença ambiental do governo
após atender os noventa e dois itens exigidos com um investimento de seis milhões de reais.
O Desafio atual é colocar em funcionamento o Parque Industrial da Antiga Usina Sapucaia
paralisado há cinco anos, para moer em 2015. O Parque Industrial foi adquirido pelo grupo
MPE e alugado a COAGRO por um período de três anos coroando o trabalho realizado com
sucesso na Usina São José.
Frederico Paes é comprometido com a filantropia dando parte do seu pouco tempo para
presidir o Hospital dos Plantadores de Cana de Campos dos Goytacazes, há
aproximadamente dois anos, aceitou mais este legado, quando todos achavam que aquela
instituição era “inadministrável” por se encontrar praticamente falida e desacreditada por
parceiros, funcionários e fornecedores. Hoje o hospital tem saúde financeira e goza de
confiança de funcionários, fornecedores e da população, e para coroar o seu trabalho o
hospital recebeu do governo federal Certificado de Entidade Beneficente de Assistência
Social (Certificado de Filantropia) um processo que vinha arrastando a mais de quarenta
Frederico Paes, executivo de sucesso e bem sucedido apesar de muitos compromissos
profissionais nunca se distanciou dos seus antigos companheiros e do seu estilo simples de
viver, herdado da sua família.
Um executivo que consegue reabrir duas usinas apesar da crise, em uma década na região
norte do Rio de Janeiro, usando tecnologia de ponta, respeitando o meio ambiente,
qualificando trabalhadores, gerando emprego, dando parte do seu tempo para filantropia,
deveria por mérito ser biografado para que o país conheça os verdadeiros campistas. Com
certeza, essa biografia também serviria como um instrumento de autoajuda para quem busca
inspiração e uma vida melhor.
Quem nasce em Campos dos Goytacazes sempre teve orgulho de ser campista, com certeza é
o povo mais bairrista do Brasil, mais não tem o mesmo entusiasmo pelos seus conterrâneos é
forçoso reconhecer que nos últimos tempos paira sobre nós uma onda de baixa da autoestima
chegou a hora da virada vamos mostra para o Brasil o campista Frederico Paes que está
revolucionando a administração da agro-indústria-açucareira do país.

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