domingo, 19 de outubro de 2014

MUITA CALMA NESSA HORA

Jornalista e blogueiro Gustavo Matheus

Por Gustavo Matheus
 O mais sensato talvez fosse ficar quieto e deixar o vendaval de desinformações, pré-julgamentos e análises distorcidas assentar, mas infelizmente não consigo. Sei também que não sou a pessoa mais imparcial para comentar o que considero uma tremenda covardia, e um carnaval de interesses, para atingir um político que vivia um momento ascendente em sua carreira, mas ninguém que o conhece jamais será.
A situação é delicada, já que o caso Meninas de Guarus repugna qualquer um. Trata-se de um aglomerado de crimes hediondos e perversos, cometidos pela escória dos marginais, que ultrapassam a sensibilidade de toda gente da comunidade. Porém, independente do nosso sentimento de revolta, não podemos ser levianos. Alguns abutres com agenda política sobre o caso insistem em promover uma pública crucificação, bem precoce. Os mais lúcidos precisam interferir e analisar com calma. Até porque, não há dúvidas de que a situação virá a ser esclarecida em breve. Infelizmente, a mácula atrelada à imagem de Nelson Nahim já foi feita, e não há juiz ou júri que o inocentem do preconceito popular. Sequer sabemos qual seria a sua suposta participação no escândalo, se é que houve alguma, e ainda assim algumas pessoas não hesitam em bradar “pedófilo”. Nelson é um político respeitado, mas antes disso é um pai, marido, avô, irmão, tio e filho. E com este movimento circense promovido por alguns, as pessoas acabam se esquecendo de que quem mais sofre é a família.
Sem um julgamento e, muito menos uma condenação, não há culpado. E deste nefasto episódio ainda virão muitos esclarecimentos à superfície. Só espero, de coração, que esta não seja apenas uma agenda para prejudicar alguém que vinha numa crescente na região, como principal personagem da oposição junto com outros nomes, e que estes crimes hediondos, praticados por covardes, sejam apurados com afinco. A investigação não pode recuar agora. Não interessa o nome de quem esteja no tal inquérito, a justiça tem que ser feita em sua plenitude. Fazer pose, transformar a situação em um circo político, é fácil. Quero ver mesmo é esse imbróglio chegar ao fim, com os criminosos, os verdadeiros criminosos, respondendo pelos seus crimes. A justiça tem que ser feita. O ministério público não pode se dar por satisfeito, pois houve de tudo até agora, durantes estes cinco anos, menos justiça.
 Fonte: blog Opiniões - Aluysio Abreu Barbosa e José Renando
Publicado hoje na Folha da Manhã

2 comentários:

Anônimo disse...

Não tem inocentes nisso. A coisa é muito nojenta. dá vontade de vomitar.

Anônimo disse...

Calma nada! Só porque envolve um bando de endinheirados e 17 juízes tiraram o corpo da reta? Será por que? Se fosse coisa de favelados já estariam todos com as fotos estampadas em pimeira página. Haja...