segunda-feira, 3 de junho de 2013

Polícia inicia caça a fantasma da GAP

Jornal O Globo

RIO — Policiais da Delegacia Fazendária (Delfaz) fazem, nesta segunda-feira, uma operação para descobrir um esquema de fraude envolvendo uma empresa criada com documentos falsos que fez negócios com deputados, prefeituras, secretarias estaduais e até com a Polícia Civil. Pela manhã, foram realizadas buscas em quatro endereços em nome da empresa GAP Comércio e Serviços, criada em nome do “fantasma” George Augusto Pereira. Segundo as investigações da Tutela Coletiva do Ministério Público e da Polícia Civil, a empresa teria sido usada para sonegação e lavagem de dinheiro de pelo menos R$33.651.461,24, em contratos.

O inquérito investiga o responsável pela criação de George, o fantasma revelado pela revista "Época". A carteira de clientes da empresa inclui deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) e a Prefeitura de Campos, dois deputados federais, a Alerj, duas secretarias estaduais, a prefeitura de Duque de Caxias, além da própria Polícia Civil. Depois de criada, a GAP foi vendida para Jacira Trabach Pimenta, uma senhora de 69 anos, mãe do atual procurador da empresa, Fernando Trabach Gomes.

Entre os endereços vasculhados na operação desta segunda-feira está um apartamento no Condomínio Golden Green, onde mora Fernando Trabach. O empresário não estava no local, mas o filho, de mesmo nome, acompanhou o trabalho da polícia.
Segundo a delegada Izabela Santoni, o objetivo da operação é recolher provas que possam não só identificar o criador do “fantasma”, mas todos que utilizaram o esquema para lavagem de dinheiro ou sonegação fiscal.

— Estamos também fazendo buscas na sede da empresa em Caxias. Recolhemos muitos documentos. A operação foi um sucesso e ajudará a gente a apurar os responsáveis pelo esquema e o total do dinheiro desviado — afirmou a delegada.
Criada em 2006 sob o nome fantasia GAP Produtos Automotivos, a empresa alugou ambulâncias para a Prefeitura de Campos, carros de fumacê para a de Caxias e carros de luxo para Garotinho e os deputados federais Zoinho (PR-RJ) e Cristiano (PTdoB-RJ). Para a Secretaria de Saúde e a Polícia Civil, vendeu pneus. A Alerj e a Secretaria de Ciência e Tecnologia não informaram o que compraram.

O Ministério Público está interessado em saber detalhes do repasse da Prefeitura de Campos, o maior de todos, de pelo menos R$ 32 milhões. Uma ação civil pública da Promotoria de Tutela Coletiva investiga o contrato com a prefeitura.




4 comentários:

CONCURSADO INDIGNADO disse...

Jane, boa tarde.

Sei que este comentario é adverso a materia, mas gostaria que publicasse.

O DIARIO OFICIAL DO MUNICIPIO PUBLICOU NA EDIÇÃO DE 03/06/2013 NA ULTIMA PAGINA - VERSO - O RELATORIO DE GESTAO FISCAL DA LRF relativo AO GASTO COM PESSOAL DA CAMARA DE CAMPOS, ONDE EVIDENCIA QUE O GASTO FOI DE 0,75% E O LIMITE PRUDENCIAL PARA GASTO É DE 4%. LOGO HA DISPOSNIBILIDADE FINANCEIRA PARA HOMOLOGAR O CONCURSO DA CAMARA DE CAMPOS.

O DISCURSO DO PRESIDENTE NAO É CORRELATO COM O DEMONSTRATIVO.

CONCURSADO INDIGNADO
JUSTIÇA JA

Anônimo disse...

A GAP foi criada em 2006. Quem é mesmo que governava o estado do Rio de Janeiro neste ano? Quem? Quem?

Anônimo disse...

Conheço este rapaz Fernando, acho que foi funcionário do Banco Bamerindus . Se procurar vão achar muita coisa.
Alias acho que era muito conhecido do prefeito de Dq. de Caxias neste período, alguém lembra?

Anônimo disse...

Hum! duvideodó que prenda alguém da máfia prefeiturável campista.