Remédios de uso controlado, seringas, equipamentos, frascos de soro em caixotes plásticos, macas, camas, materiais contaminados. Tudo isso foi deixado para trás no antigo prédio onde funcionava o atendimento de emergência da Saúde em São João da Barra. A situação foi denunciada na manhã desta quinta-feira (03/01), pelo provedor da Santa Casa de São João da Barra, Renato Batista.
A equipe do Site Ururau percorreu, acompanhada da direção do hospital, as salas onde desde 1998, funcionava o atendimento de emergência da cidade.
De acordo com o provedor, a Santa Casa cedia a área física para que o município gerenciasse o atendimento. “Toda a equipe e materiais eram de responsabilidade da Prefeitura. Com a inauguração do Centro Municipal de Emergência da cidade todo o serviço foi transferido. Na ultima sexta-feira (29/12), fui chamado pelo policial militar que estava de plantão e informado que estavam retirando todo o material sem que tivéssemos sido avisados. Tomei a decisão de fechar o prédio e quando entrei encontrei tudo abandonado. Além dos medicamentos também achei monitor cardíaco, bomba de infusão, tudo em condições de uso”, explicou Renato.
O médico e diretor Douglas da Conceição de Oliveira faz outras denúncias. “Desde que o atendimento de emergência foi transferido para o novo centro, os pacientes com problemas ortopédicos tem o primeiro atendimento lá, mas precisam vir aqui na Santa Casa fazer o raio-X. O mesmo acontece com as pessoas que precisam fazer exame de sangue. Elas passam pela emergência e depois vem aqui fazer a coleta do material”, explicou Douglas.
O médico faz outros questionamentos. “O centro cirúrgico funciona na Santa Casa e, por exemplo, o pediatra fica de plantão no Centro de Emergência Dr. Pedro Octávio Enes Barreto. Se uma mulher entrar em trabalho de parto, não podemos fazer a cirurgia porque o pediatra vai estar de plantão no centro municipal. O contrato dos médicos ortopedistas que terminou no dia 31/12 também não foi renovado”.
Do lado de fora da unidade, Maria Inês de Oliveira, de 43 anos, confirma que não consegue fazer exames laboratoriais. “Levei minha filha de 6 anos no Centro Municipal e ela foi atendida. O problema é que precisamos vir aqui na Santa Casa fazer o exame de sangue”, contou.
Marcos Aurélio de Oliveira Junior, de 24 anos, teve uma torção no pé quando jogava bola. Ele também passou pelo primeiro atendimento na emergência e foi levado de ambulância para fazer o raio-X, na Santa Casa.
O Site Ururau entrou em contato com a Secretaria de Comunicação de São João da Barra, que informou que enviará uma nota sobre o assunto.
Fonte: sítio Ururau
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